quinta-feira, 20 de maio de 2010

Inspirado em Paramore, Fiuk faz música para saga 'Crepúsculo'


Faixa 'Eterno pra você' fará parte da trilha sonora nacional de 'Eclipse'.
Para compor a canção, o ídolo teen fez 'intensivão' de Bella e Edward.
O cantor Fiuk - Filipe Galvão, filho de Fábio Jr. e vocalista da banda Hori - conta que está muito feliz por poder compartilhar com seus ídolos do Paramore a honra de ter uma faixa na trilha sonora da saga cinematográfica "Crepúsculo".

O grupo confirmou recentemente que vai incluir uma faixa, a inédita “Eterno pra você”, na versão nacional da trilha sonora do filme “Eclipse”, terceiro longa da série

“Eu sou muito fã de Paramore, e eles gravaram duas músicas para a trilha sonora do primeiro filme, então eu fiquei empolgado com a ideia", explica Fiuk em entrevista por telefone ao G1.

Para se preparar para a composição, ele fez um intensivão do tema. "Eu vi os dois primeiros filmes na sequência e a música já baixou, escrevi na hora”, explica o cantor.

Ele diz que a letra fala da paixão e do drama do vampiro Edward Cullen e da humana Bella Swan. “Ela quer virar vampira e viver eternamente com ele, e ele não quer machucar ela. Eles contam isso de uma forma legal, porque poderia ficar muito ‘freak’. As cenas são muito boas, e o Robert Pattinson manda muito bem”, elogia.

Fiuk conta que não leu nenhum dos livros da saga “Crepúsculo”. Não por falta de interesse, mas porque não tem muito tempo disponível. Sua agenda está ocupada em todos os dias da semana, com gravações de “Malhação”, série da TV Globo da qual é protagonista, de segunda a sexta, e shows da Hori no fim de semana.

Compondo no Projac
Ele afirma que o segredo para se manter no ritmo pesado é a música. “Eu descanso tocando. Chego em casa quebrado e a primeira coisa que eu faço é tocar um violão”, diz, contando que nem pode imaginar a ideia de ficar longe dos palcos e dos fãs “A minha casa é o palco, eu respiro música. O bichinho da atuação me picou também, mas o palco é como se fosse o meu remédio, a minha saúde”.

Para compor dentro da agenda apertada ele se vira como pode. “Nem sei explicar como é compor, não penso muito nisso. Quando a música baixa em mim, ela baixa mesmo. Já compus musica em intervalo de gravação no Projac, cantando no celular em um cantinho”, conta.

Feliz com o sucesso (“meus fãs são a minha vida, me conhecem melhor que a minha família”, afirma), Fiuk se diz triste com o “preconceito”. “As pessoas tiram as próprias conclusões, inventam as suas próprias histórias”, reclama.

Mas seu pai já o havia alertado sobre as críticas que receberia. “O primeiro show que a gente lotou com a banda, com quatro mil pessoas, a gente ficou extasiado. Cheguei em casa falando, ‘pai, o show estava lotado, a banda está fazendo sucesso!’, e ele me perguntou: ‘alguém já está falando mal de você?’. ‘Não’, respondi, e ele disse ‘então você ainda não está fazendo sucesso’”, conta.

Vibe colorida
Por outro lado, a fama já deu a ele a oportunidade de realizar mais um sonho, o de desenhar roupas para uma marca. Ele foi convidado recentemente pela NGCH para assinar uma linha baseada no seu estilo. “Eu queria fazer isso desde os 13 anos de idade. Só camiseta louca, tudo coloridão, frases como ‘make love not war’ (‘faça amor, não faça guerra’), ‘give to recieve’ (‘dê para receber’), só mensagem boa. Que bom que dá para passar isso até pela roupa”, comemora.

Ele conta que começou a criar seu estilo inspirado em Tom DeLonge, guitarrista e vocalista do Blink-182. “Ficava em casa vendo os clipes e queria ser como ele. Aí eu montei a banda e pensei, ‘agora eu quero me descobrir, quero ser eu’. E comecei a escolher a minha roupa não para os outros verem, mas para eu me sentir bem. Quando descobri esse lance de cor, entrei na vibe mesmo. E aí comecei a ‘Malhação’, levei as minhas roupas para a TV, calça vermelha, amarela, verde”.

O cantor diz se identificar como parte da nova geração de roqueiros coloridos, como as bandas Cine, Restart e Replace. “Acho uma coisa muito saudável esse lance de estilo. Não é nem algo pelo ego, é de fazer uma turma, de se sentir bem, de vestir o que você quer sem se importar com o que os outros vão pensar”, reflete.

Fiuk chegou em “Malhação” após ter estreado na atuação no cinema, com o filme “As melhores coisas do mundo”, de Laís Bodanzky, que estreou em abril. Nele Fiuk faz o papel de Pedro, irmão mais velho do protagonista “Mano”. “Eu sempre quis ser o irmão mais velho, que é sempre o que guia, leva o mais novo para a balada. Mas ali era um lance diferente, mais pesado. Eu vivi coisas que eu nunca ia viver fazendo o filme. Porque você mergulha na história. Eu aprendi pra cacete”, lembra.

Quando ficou sabendo que foi escalado para o filme, ligou imediatamente para a irmã mais velha, a atriz Cléo Pires. “Perguntei o que eu faço, e ela respondeu em carioquês: ‘seja verdadeiro e faça com amor’. Aí eu disse, ‘Cléo, você não entendeu, o que eu faço, pô?!’, e ela disse, ‘então, faz isso’. E deu certo e é o que eu estou fazendo até hoje”.

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